ELEIÇÕES 2022

Marta Suplicy: “É urgente remover pelo voto um presidente que não tem compostura”

Afastada do PT há anos, ex-prefeita de São Paulo e ex-senadora publica artigo na Folha em que defende o voto em Lula “para encurtar martírio a que fomos submetidos”

Marta Suplicy (MDB). Créditos: Gervásio Baptista/ Agência Brasil
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Afastada do PT desde 2015 em saída marcada por fortes críticas ao partido, a ex-senadora e ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy publicou nesta segunda-feira (26) um artigo na Folha de S. Paulo em que defende o voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para “encurtar o martírio a que fomos submetidos”, em outras palavras, o governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

“É urgente remover, pelo voto, um presidente que não tem compostura; que mente e em quem os brasileiros não confiam e rejeitam (…) devemos encurtar esse martírio a que os brasileiros estão submetidos. Nunca foi tão fácil decidir e agir: Vamos remover esse senhor o mais rápido possível da Presidência. Já no primeiro turno”, escreveu Marta, hoje no MDB e exercendo o cargo de Secretária de Relações Internacionais de São Paulo.

A ex-petista descreve como “sufoco” a atual situação brasileira logo na abertura do arquivo para, então enumerar os absurdos que o país viveu durante o governo Bolsonaro. Ela nos lembra dos passeios de moto, cavalo e jet ski do presidente durante os piores momentos da pandemia que chegou a mais de 680 mil mortos. “Enquanto brasileiros morriam, o atual presidente tirava férias (…) e a responsabilidade, com ele, é sempre dos outros”, escreveu.

Marta também lembrou a volta do Brasil ao mapa da fome, com as filas para compra de ossos e carcaças de animais, os escândalos de corrupção do atual governo, com ênfase para o orçamento secreto, e o aumento da violência impulsionada pelo extremismo do presidente e a facilitação da compra e porte de armas.

“A palavra necessária, no Brasil de hoje, é urgência. Temos urgência em restaurar o mínimo de solidariedade, responsabilidade social, sensibilidade e humanidade”, concluiu.