COVARDÃO

"Fraude sempre foi a especialidade de Bolsonaro, o Pai da Mentira", ironiza Gleisi, após indiciamento

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal por conta de um esquema de fraude de cartões de vacina da covid-19

"Fraude sempre foi a especialidade de Bolsonaro, o Pai da Mentira", ironiza Gleisi, após indiciamento.Créditos: Reprodução redes sociais
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A presidenta nacional do PT e deputada estadual Gleisi Hoffmann (PR) foi às redes sociais para comentar o indiciamento da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) por fraude nos cartões de vacina da Covid-19. Para Gleisi, Bolsonaro é "o pai da mentira e especialista em fraude".

"O Covardão foi indiciado hoje pelo crime de fraude nos cartões de vacina dele e da filha. Fraude sempre foi a especialidade de Bolsonaro, o Pai da Mentira. Mentiu sobre a vacina, mentiu sobre as joias roubadas, as urnas eletrônicas, sobre a conspiração do golpe e o 8 de janeiro", iniciou Gleisi Hoffmann.

Em seguida, Gleisi Hoffmann afirma que o ex-presidente Bolsonaro "mente até hoje sobre seu governo nefasto, mas agora vai ter de enfrentar a verdade nos tribunais, porque o indiciamento que a PF mandou hoje para a PGR é só o primeiro de uma série. E aí, Covardão? Vai encarar ou vai fugir para Miami?".

PF indicia Bolsonaro, Cid e deputado por fraude em cartões de vacina da Covid

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal por conta de um esquema de fraude de cartões de vacina da covid-19. A informação é da jornalista Daniela Lima.

O processo agora segue para o Ministério Público Federal, que escolherá se vai denunciar o ex-presidente à Justiça ou se vai arquivar o caso.

Além de Bolsonaro, também foram indiciados o tenente-coronel Mauro Cid, já preso, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Eles podem responder por crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público.

Mauro Cid também pode ser denunciado por uso indevido de documento falso. 

Associação criminosa tem pena de um a dois anos de cárcere. A inserção de dados falsos em sistema público fixa entre dois e doze anos de prisão. O Código Penal ainda estipula reclusão de um a três anos com aumento de um sexto da pena para uso indevido de documento falso por funcionário público.

O que dizem as investigações

Tudo começou em 3 de maio de 2023, quando a PF deflagrou a Operação Venire. A corporação investigava uma quadrilha suspeita de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e  Rede Nacional de Dados em Saúde.

A inclusão dos dados falsos ocorreu entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir os certificados de vacinação e usá-los para, por exemplo, burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos.

Mauro Cid, Jair Bolsonaro, Gutemberg Reis e familiares teriam se beneficiado do esquema.

De acordo com os dados registrados no ConecteSUS, Bolsonaro teria se vacinado com duas doses da Pfizer. A primeira em 13 de agosto de 2022 no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias e a segunda em 14 de outubro no mesmo local. Os dados foram inseridos apenas em dezembro daquele ano e apagados menos de uma semana depois.

Gutemberg Reis seria um possível elo de conexão entre Bolsonaro e Duque de Caxias, segundo a PF. Além de também ter recebido um certificado de vacinação falso, Gutemberg é irmão do secretário de Transportes do município onde os dados falsos foram inseridos.