ABSURDO

VÍDEO: Nikolas Ferreira já sugeriu que negar o Holocausto é liberdade de expressão

Declarações bizarras do deputado bolsonarista voltaram à tona após ele ser alçado a presidente da Comissão de Educação da Câmara

O deputado federal Nikolas Ferreira.Créditos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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Tal como o podcaster Bruno Aiub, o Monark, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também já sugeriu que negar o Holocausto seria uma atitude protegida pela "liberdade de expressão", bem como, indiretamente, defendeu que partidos nazistas possam existir. 

Tais declarações foram feitas em outubro de 2022 em entrevista ao podcast "Irmãos Dias" e foram resgatadas, junto a outras falas bizarras, após a notícia de que o bolsonarista radical será o novo presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados

Ao defender seu conceito de "liberdade de expressão", Nikolas afirmou na ocasião que  “existem judeus que não são contrários a uma tese de um estudioso que colocou como se o Holocausto fosse mentiroso”, e que “a própria comunidade judaica deu a liberdade a esse cara falar isso”. 

"Tem gente que relata que existem judeus que não são contrários a uma tese que colocou como se o Holoacusto fosse mentiroso. Aí, você pensa: pô, o Holocausto aconteceu. Vamos ficar falando que o Holocausto não aconteceu e ficar influenciando as pessoas? A própria comunidade judaica deu a autoridade do cara falar isso. Segundo eles, a liberdade de expressão é plena em uma sociedade que se autorregula não censurando as coisas, mas deixando que as coisas aconteçam e que pessoas consigam analisar que aquilo ali é absurdo", havia disparado. 

À época, entidades como o Instituto Brasil-Israel e o Museu do Holocausto divulgaram notas oficias em repúdio às declarações de Nikolas Ferreira sobre o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus promovido pelo regime nazista da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. 

Veja vídeo: 

Nikolas Ferreira na Comissão de Educação 

Algumas das principais comissões permanentes ficarão durante a próxima legislatura sob o controle do bolsonarismo. Nikolas Ferreira (PL-MG) vai para a Comissão de Educação, Caroline de Toni (PL-SC) para a importantíssima Comissão de Constituição e Justiça, Pastor Eurico (PL-PE) está na Família e Alberto Fraga (PL-DF) vai para a Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Poucas horas após ser eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Nikolas Ferreira foi às redes sociais e fez ameaças em tom de ironia. Doutrinado de Olavo de Carvalho, o bolsonarista radical ainda listou as pautas que vai defender, claramente alinhadas à ultradireita fascista.

Em publicação às 22h53 desta quarta-feira (6), Ferreira lançou a ironiza, dizendo que "a democracia não será relativa na comissão que irei presidir".

O termo vem sendo usado pelos bolsonaristas para classificar o que definem como "ditadura do judiciário" em razão do que alegam ser uma "perseguição" contra Jair Bolsonaro (PL) e aliados na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.

"Fiquem tranquilos que a democracia não será relativa na comissão que irei presidir. Diferente da Venezuela, a oposição terá liberdade e seu lugar de fala", escreveu, incitando a horda bolsonarista.