Movimentos sociais que constroem a Campanha Fora Bolsonaro e a mobilização do Grito dos Excluídos de São Paulo realizaram uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (26) reafirmando a realização de ato contra o golpismo do presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro. O governador João Doria (PSDB) disse que não vai permitir a mobilização mesmo com a mudança de local para o Vale do Anhangabaú.
Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, afirmou que houve um consenso na Campanha pela manutenção do protesto, apesar de Doria dizer que não o permitirá. Segundo o governador, a Secretaria da Segurança Pública do Estado vetou o protesto pró-democracia e orientou que ocorresse no domingo (12).
"Precisamos realizar o ato no dia 7 de setembro. Em função do impasse, decidimos realizar nosso ato no Vale do Anhangabaú, às 14h. Não queremos perder tempo com a disputa pela Av. Paulista e queremos fazer um chamado a todas e todos do Estado de S. Paulo para fazermos um grande ato pela democracia e contra o golpe", afirmou Bonfim em coletiva. O dirigente da CMP destacou ainda que o Grito dos Excluídos acontece há muitos anos no dia 7 de setembro.
José Rocha, representantes do MTST e da Frente Povo Sem Medo afirmou que "não é porque o governador se esconde num palácio que ele é o imperador de São Paulo". "A Campanha Fora Bolsonaro tem legitimidade para convocar essa manifestação e vai manter o ato no dia 7 de setembro. Isso é garantido por lei, garantido pela Constituição", declarou.
"Temos total certeza da necessidade dessa manifestação, da defesa da democracia e de estar nas ruas no dia 7", completou.
Simone Magalhçaes, do MST, também criticou o governador. "É lamentável a postura autoritária do governador João Doria, que ele venha sugerir que a gente mude a data. Não vamos mudar a data porque a rua é do povo e nós construímos o Grito dos Excluídos todo esse tempo", disse.