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Os resultados das pesquisas apontam. O ex-governador Geraldo Alckmin é o candidato presidencial do PSDB com pior desempenho eleitoral em quase um quarto de século. De acordo com análise do jornalista Daniel Bramatti publicada no Estadão desta quarta-feira (22), desde que FHC concorreu à Presidência, em 1994, até a eleição passada, todos os tucanos apareceram com taxa de dois dígitos na primeira pesquisa de opinião após o início oficial da campanha.
Alckmin tem de 5% a 7% das intenções de voto, a depender do cenário, segundo o levantamento Ibope/Estado/TV Globo divulgado nesta segunda-feira, 20. Já no Datafolha divulgado nesta quarta-feira, o tucano aparece com 6%.
Há quatro anos, nesta mesma etapa da campanha, Aécio estava na terceira colocação, com 19%, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (então no PSB). Mas ele reagiu e foi ao 2.º turno. Na comparação com Aécio Neves em agosto de 2014, é como se o PSDB tivesse perdido quase dois terços de seus eleitores.
Nem na terra de Ana Amélia
Em termos geográficos, nenhum local ilustra tanto as dificuldades de Alckmin quanto a Região Sul. Lá, o eleitorado de Bolsonaro é quase oito vezes maior que o do tucano. O fenômeno se explica parcialmente pela força do paranaense Alvaro Dias (ex-PSDB, hoje no Podemos), que na região tem 12%, segundo o Ibope. Já Alckmin tem apenas 3% (15 pontos porcentuais a menos que Aécio em 2014).
Nem a escolha de uma candidata a vice gaúcha – a senadora Ana Amélia – parece ter ajudado. No Rio Grande do Sul, um enclave tucano durante a era Lula, Alckmin tem de 5% a 7% do eleitorado – o mesmo que sua média nacional.