Alvo de escândalos sucessivos, Serra anuncia que não é candidato a nada em 2018

O senador tucano foi acusado em várias delações. Na última delas, o ex-presidente da Odebrecht de 2002 a 2008, Pedro Novis, acusou Serra de receber para si ou solicitar para o partido um total de R$ 52,4 milhões, de 2002 a 2012

José Serra quer ser opção na corrida presidencial de 2014
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O senador tucano foi acusado em várias delações. Na última delas, o ex-presidente da Odebrecht de 2002 a 2008, Pedro Novis, acusou Serra de receber para si ou solicitar para o partido um total de R$ 52,4 milhões, de 2002 a 2012 Da Redação* Nome sempre lembrado por seu partido para concorrer ao governo do Estado de São Paulo e até à Presidência da República, o senador José Serra (PSDB-SP) decidiu que não disputará as eleições deste ano. “Não vou disputar a eleição para governador nem pretendo concorrer a presidente neste ano. Tenho ainda cinco anos de mandato no Senado, já aprovei projetos de minha iniciativa que mudaram o País, como foi o caso da abertura dos investimentos no pré-sal”, afirmou o tucano. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. O afastamento de Serra de qualquer processo eleitoral foi motivado por escândalos sucessivos. Serra foi citado em várias delações, inclusive do seu operador, o banqueiro Ronaldo Cezar Coelho, que confessou ter usado sua conta na Suíça para receber R$ 23 milhões da Odebrecht para a campanha presidencial de José Serra, em 2010. Foi acusado também pelo ex-presidente da Odebrecht de 2002 a 2008, Pedro Novis, de ter recebido € 2 milhões de caixa dois da empreiteira, quando disputou e venceu a eleição para o governo de São Paulo, em 2006. O mesmo Novis, meses depois, acusou o tucano de receber para si ou solicitar para o partido um total de R$ 52,4 milhões, de 2002 a 2012. Com a decisão, a disputa pelo governo do Estado dentro do PSDB deverá ficar restrita ao prefeito João Doria, ao cientista político Luiz Felipe d’Ávila, ao secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro, e ao ex-senador José Aníbal. A decisão de Serra ainda não foi comunicada oficialmente ao governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência. *Com informações do Estadão Foto: Reprodução