Após ser xingado, Leonardo Boff diz ter misericórdia de Ciro Gomes

Grandeza e tapa com luva de pelica

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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O teólogo Leonardo Boff, 79, disse, em entrevista publicada nesta sexta-feira (2) no UOL, ter misericórdia de Ciro Gomes (PDT) e entender o "excesso" do pedetista, após ter sido xingado de “bosta” e de “bajulador de Lula”, pelo candidato derrotado à Presidência. Durante o segundo turno, Boff afirmou que Ciro havia "amarelado" e que cairia no esquecimento político por não declarar apoio a Fernando Haddad, candidato do PT. Ciro respondeu a Boff em entrevista à "Folha de S.Paulo" publicada na quarta (31). "Pega um bosta como esse Leonardo Boff [que criticou Ciro por não declarar voto a Haddad]. Estou com texto dele aqui. Aí porque não atendo o apelo dele, vai pelo lado inverso. Qual a opinião do Boff sobre o mensalão e petrolão? Ou ele achava que o Lula também não sabia da roubalheira da Petrobras? Quem disse a ele [Lula] que não pode fazer o que ele fez? Que não pode fraudar a opinião pública do país, mentindo que era candidato?", disse Ciro. O teólogo, que é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reconhece Ciro como um dos maiores líderes do país. “Considero Ciro Gomes uma das maiores e imprescindíveis lideranças do Brasil. Ele é importante para a manutenção da democracia e dos direitos sociais. Ele ajuda a alargar os horizontes dos problemas que enfrentamos com o seu olhar próprio. O que faz e diz é dito e feito com paixão. Entretanto, a paixão necessária nem sempre é uma boa conselheira. Creio que foi o caso de sua crítica a mim chamando-me com um qualificativo que não o honra”, disse. Boff disse ainda na entrevista que a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) representa um risco à democracia. "Precisamos de uma Arca de Noé onde todos possamos nos abrigar, abstraindo das diferentes extrações ideológicas, para não sermos tragados pelo dilúvio da irracionalidade e das violências que poderão irromper", alerta. Leia a entrevista completa no UOL