Após três meses da execução de Marielle, presidente do PSOL cobra respostas

Juliano Medeiros: “O ódio, a intolerância, os preconceitos já não se expressam apenas na internet. Eles estão disseminados tomando a forma de ataques, agressões, intimidação e assassinatos”

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O PSOL divulgou uma nota oficial, na qual cobra das autoridades respostas, depois de três meses do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro. Acompanhe a íntegra do texto:   A execução da vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, completa, nesta quinta-feira (14), três meses e continua sem resposta por parte das autoridades responsáveis pela investigação. Assassinada na noite do dia 14 de março, no bairro do Estácio, após sair de uma atividade com jovens negras na Lapa, Marielle era a única vereadora do partido no Rio e foi a quinta mais votada entre todos os parlamentares da Câmara Municipal, nas eleições de 2016. O motorista Anderson Gomes também foi vítima desse crime bárbaro. Neste momento em que a tragédia já vai para o seu terceiro mês sem a elucidação completa do caso, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirma que o partido continua exigindo uma resposta e cobrando que as investigações avancem. Ele destaca, ainda, que a execução da vereadora é uma das expressões do ódio e da intolerância contra os lutadores e defensores de direitos humanos. “O assassinato covarde de Marielle e Anderson revelou para o Brasil e o mundo a gravidade do momento que vivemos. O ódio, a intolerância, os preconceitos já não se expressam apenas na internet. Eles estão disseminados tomando a forma de ataques, agressões, intimidação e assassinatos. Marielle e Anderson foram vítimas de um crime político e isso precisa ser reafirmado sempre. Exigimos justiça e punição exemplar aos envolvidos neste crime hediondo”, ressalta Medeiros. Ao destacar que a execução de Marielle trata-se de um crime político, o presidente do PSOL explica que as pautas defendidas por ela incomodavam os grupos que controlam o crime organizado dentro e fora das instituições. Medeiros lembra que a vereadora atuava em diversas frentes, defendendo mulheres, negros e negras, os movimentos LGBTs, a juventude e, sobretudo, as populações das favelas contra as violações de diretos humanos. “Não vamos descansar enquanto não tivermos resposta de quem está por trás daquele triste episódio da noite 14 de março”, finaliza.

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