Aprovação de embaixada para Eduardo Bolsonaro no Senado não será fácil, apesar da ajuda de Alcolumbre

Segundo relatos, Alcolumbre tem dito que um veto ao filho de Bolsonaro fecharia para sempre as portas de sua administração junto ao Planalto

Bolsonaro com Davi Alcolumbre, presidente do Senado, no aeroporto de Macapá (Ascom/PR)
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem demonstrado preocupação com a articulação na casa para fazer de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) embaixador em Washington. Segundo relatos, ele tem dito que um veto ao filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) fecharia para sempre as portas de sua administração junto ao Planalto. Por conta disto, vem empenhando sua força pessoal junto aos colegas para reduzir ao máximo as chances de uma derrota em votação no plenário. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Mesmo com os afagos que Bolsonaro tem distribuído às legendas, as conversas de Alcolumbre com as bancadas partidárias demonstram que não há jogo fácil para a aprovação de Eduardo no radar. No PP, por exemplo, são dois votos a favor, um contra e dois indecisos. STF deve aprovar Já no Supremo Tribunal Federal (STF), ministros preveem um caminho menos acidentado para o Dudão. A aposta é a de que, hoje, a maioria entende que a indicação para postos políticos é privativa do presidente, o que inviabilizaria uma acusação de nepotismo. Um dos poucos que discordam é Marco Aurélio Mello, já tendo declarado publicamente que o episódio configura nepotismo. As discussões vão se desenrolar sobre a súmula vinculante número 13 do STF, que veda a indicação de familiares para cargos administrativos, mas deixa brecha para a escolha de ocupantes de postos políticos. Mimos, cargos e afagos Bolsonaro distribuiu mimos ao presidente do Senado e parlamentares. Destravou a indicação de cargos e prestigiou dirigentes de partidos que têm assento na Casa. Alcolumbre, por sua vez, tem dito que vai dividir com os colegas as vagas que puder indicar. Deputados e senadores devem concretizar nos próximos dias a indicação de aliados a postos de projeção regional. As nomeações de dirigentes da Codevasf e do FNDE couberam ao DEM. As do Banco do Nordeste, ao PP do Senado. Com informações do Painel, da Folha