Aras diz que está preocupado com violações à Constituição

A PGR pediu abertura de inquérito contra os atos pró-intervenção militar realizados no domingo

Bolsonaro e Augusto Aras - Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, comentou nesta terça-feira (21) sobre inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal após solicitação da PGR contra atos realizados no último domingo que pediram a intervenção militar no país.

Em entrevista ao jornalista William Waack, da rede CNN Brasil, ele revelou que está realmente preocupado com violações à Constituição. "Já manifestei minha preocupação com o atual momento", declarou.

"Calamidade pública normalmente vem associada a um certo grau de pressão de cidadãos e pessoas que se aproveitam de um momento de fragilidade para buscar interesses mesquinhos. É preciso que tenhamos responsabilidade com o destino da nação, não se deixar a levar por conflitos político-partidários", detalhou. Segundo ele, há pressões internas no Ministério Público sobre o tema.

Questionado sobre a não inclusão do nome do presidente Jair Bolsonaro no pedido de abertura de inquérito enviado ao Supremo, Aras afirmou que o procedimento "não se destina a investigar pessoas, mas fatos". "O inquérito é um procedimento sigiloso", completou.

"O Ministério Público e o Procurador-Geral da República são profissionais técnicos. Temos resistido à tentativa de pautar a ação do PGR politicamente. O PGR não deve interferir em manifestações partidárias", completou.