Arlindo Chinaglia: Trump vai jogar nos níveis mais baixos para não reconhecer a vitória de Biden

Vice-presidente do Parlamento do Mercosul diz que estratégia do candidato republicano é colocar sob suspeição os votos por correspondência. "É algo calculado", afirma

Arlindo Chinaglia (Foto: Agência Senado)
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Em entrevista ao Fórum Café nesta quarta-feira (4), o deputado e vice-presidente do Parlamento do Mercosul, Arlindo Chinaglia, afirmou que a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em se declarar reeleito antes do resultado final das eleições faz parte de uma estratégia "calculada, planejada e executada" do republicano.

Com a apuração dos votos ainda em andamento, Trump declarou vitória nas eleições em pronunciamento nesta quarta-feira (4). Ele também voltou a ameaçar ir à Suprema Corte para denunciar uma suposta “fraude” contra ele e pediu para que a contagem de votos parasse. A declaração preocupou autoridades internacionais e entidades de direitos humanos.

Chinaglia também destacou a contradição por trás da reação de Trump ao pleito. A frase de Trump era contraditória em si, além de inoportuna. Quando ele diz em um mesmo espaço de tempo que ele ganha as eleições e depois que vai recorrer à Suprema Corte portanto para uma única possibilidade que é de apurar a apuração. Qual a apuração? Ele não quer que sejam contabilizados os votos por correspondência. É a mesma história de Bolsonaro. Desde o início ele vem falando de fraude, que o voto em urna sem a confirmação de papel era fraude", comparou o deputado.

"Ele vai jogar em todos os níveis, inclusive os mais baixos, para não reconhecer a vitória do Biden, caso ela ocorra. Ele não tem nenhum padrão civilizatório, as mentiras dele provam isso. Ele quer colocar sob suspeição os votos por correspondência. Ele vem sufocando os correios norte-americanos exatamente para atrapalhar a chegada dos votos por correspondência. É algo calculado, planejado e executado", completou.

Chinaglia também destacou os impactos das declarações de Trump no ambiente internacional. "O Trump contamina as relações políticas no mundo inteiro por causa do peso norte-americano. Do ponto de vista objetivo, toda essa atitude que ele busca preservar no seu eleitorado, atuando pelas mídias sociais, como um militante qualquer, e não como um presidente da República", afirma.

Confira a entrevista completa:

https://www.youtube.com/watch?v=uudl7sXvCGo