Atriz Ítala Nandi manda Bolsonaro “enfiar o revólver no cu” e o compara a Hitler e Mussolini

Em entrevista a Bianka Vieira na coluna de Mônica Bergamo a atriz faz crítica contundente ao presidente Bolsonaro e relembra o período em que integrou o Teatro Oficina sob a ditadura militar

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A atriz Ítala Nandi fez críticas contundentes ao presidente Bolsonaro em entrevista à Folha de S. Paulo deste domingo. “Ele é um ‘Bolsonero’, ‘Bolsolini’. Todos eles [Nero, Mussolini] se foderam. Será que ele acha que tudo bem? Que ignorância, que falta de perspectiva. Aquela coisa do revólver... Porra, enfia esse revólver no cu. Que saco! Vão dar o cu, é o que eles estão precisando. Caramba, por que esse tipo de atitude com um país que poderia ser a mudança do mundo?”, disse.

“Eu acredito que o que vai, volta. Isso não tem erro. A maldade que eles estão fazendo com o povo brasileiro vai voltar para eles. É inevitável. Eles não têm cabeça, eles pensam com a bunda, e isso vai voltar.”

História de Ítala Nandi

A atriz começou no teatro amador em sua cidade natal, participando de Um Gesto por Outro, de Jean Tardieu, em 1959, e A Cantora Careca, de Ionesco, no ano seguinte. Em 1960, faz uma breve participação em O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, na montagem de Fernando Torres. Em 1962 muda-se para São Paulo, onde integra, na condição de administradora, o Teatro Oficina de José Celso Martinez Correia.

Sua estréia na companhia ocorre, inesperadamente, substituindo Rosamaria Murtinho em Quatro Num Quarto, de Valentin Kataev, grande sucesso de 1962.

No cinema constituiu uma sólida carreira, atuando em diversos filmes, pelos quais recebeu vários prêmios nacionais internacionais, como a Palma de Ouro.

Estreou na televisão em 1964. Participou de inúmeras novelas em diversas emissoras, com especial destaque para sua tríplice atuação na novela Direito de Amar exibida pela Rede Globo, em 1987 e de Que Rei Sou Eu, uma das novelas mais elogiadas pela crítica da história da Globo.