Bolsonarista que assassinou Moa do Katendê durante a eleição vai a juri popular em 11 de setembro

Mestre Moa foi esfaqueado 12 vezes nas costas pelo barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana no dia do primeiro turno das eleições após dizer que votou em Fernando Haddad

Paulo Sérgio Ferreira de Santana que matou Moa do Katendê (Montagem)
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Apoiador de Jair Bolsonaro, o barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, que matou a facadas o mestre de capoeira Moa do Katendê durante as eleições, em Salvador, vai a júri popular em 11 de setembro deste ano. A sessão do júri foi designada na última terça-feira (11). O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) já havia divulgado, no mês de abril, que Paulo Sérgio iria à júri popular, mas a data ainda não tinha sido definida. Ele virou réu após a Justiça da Bahia aceitar a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-BA), no dia 22 de outubro de 2018. Motivação política O inquérito sobre o assassinato do mestre capoeira Moa do Katendê foi concluído pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Bahia ainda em outubro do ano passado e a discussão político-partidária foi apontada como a motivação para o crime. Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, foi esfaqueado 12 vezes nas costas no dia em que foi realizado o primeiro turno das eleições depois de dizer para um eleitor do candidato Jair Bolsonaro (PSL) que ele tinha votado em Fernando Haddad (PT). Na noite em que o mestre foi morto, depois de discutir com ele por conta das eleições no bar que fica em Dique Pequeno, bairro do Engenho Velho de Brotas, no centro de Salvador, o autor foi até sua casa, buscou uma faca e voltou para o bar onde estava a vítima. Mestre Moa morreu no local. Preso em flagrante, o suspeito disse que foi xingado e que estava consumindo bebida alcoólica desde o início da manhã do domingo de eleição. Em depoimento, ele disse estar arrependido.