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O presidente Jair Bolsonaro mirou no cravo, mas acertou na ferradura, ao afirmar, nesta quarta-feira (1º), em suas redes sociais que, sobre a Venezuela, qualquer hipótese seria decidida “exclusivamente” por ele.
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A frase, que incomodou a cúpula do Congresso, sobretudo Rodrigo Maia, era endereçada, segundo aliados de Bolsonaro, inicialmente aos militares e ao vice, Hamilton Mourão, contrários a qualquer intervenção no país vizinho.
O fato de o presidente não descartar definitivamente uma ofensiva armada contra o governo de Nicolás Maduro faz com que governadores recorram à resistência dos militares a qualquer ato desse tipo para apostar no distanciamento do Brasil de um eventual conflito.
Políticos de estados importantes acionaram generais para medir a temperatura em Brasília.
Bolsonaro falou para lembrar que a decisão sobre a posição oficial do governo, em última instância, é dele.
Vale ainda a lembrança do Painel da Folha, desta quinta-feira, de que a tutela sobre o discurso público do presidente é alvo de disputa desde o início do governo, mais notadamente entre pessoas ligadas a Olavo de Carvalho e integrantes das Forças.