Bolsonaro diz estar "comendo o pão que o diabo amassou"

Em almoço com caminhoneiros, Jair Bolsonaro lamentou relação com o Congresso e estimulou os motoristas a comprarem armas

Foto: Marcos Correa/PR
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Em conversa realizada na tarde desta sexta-feira (31) com um grupo de caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro comentou que uma falta de boa vontade política de Brasília o põe para "comer o pão que o diabo amassou" e ainda incentivou que os motoristas de caminhão usem armas durante o trabalho. Durante viagem de retorno de Goiânia, Bolsonaro decidiu parar em um restaurante de beira de estrada em Anápolis (GO) para almoçar com caminhoneiros. Segundo o Estadão, o presidente comentou sobre sua relação com os poderes: "Eu estou comendo o pão que o diabo amassou. Não loteamos ministérios, bancos oficiais e estatais. Só muda se alguém cassar o meu mandato". O presidente também aproveitou para estimular os motoristas a se armarem com base no decreto que aumenta o porte e a posse de arma de fogo. “No decreto, eu acabei com a comprovação da efetiva necessidade. Por enquanto, está um pouco caro ainda, mas vamos diminuir isso aí. Mas já abriu as portas, dá entrada... Tem um tempo de dois ou três meses para conceder o porte. Eu coloquei lá como profissão de risco (caminhoneiros). Quanto mais arma, mais segurança. Se tiver arma de fogo, é para usar”, disse. Os motoristas chegaram a questionar o presidente sobre a reforma da Previdência, que se esquivou de grandes explicações. "Antes dos 65 anos não conseguimos aposentar?", perguntou um deles que logo foi respondido com um "não" do presidente. Também estiveram no encontro o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e ministros.