Bolsonaro isenta visto de turistas dos EUA, Austrália Japão e Canadá para entrar no Brasil

Decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, vem um dia após o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, afirmar que brasileiros em situação irregular nos EUA são uma "vergonha"; países beneficiados continuarão exigindo visto de cidadãos do Brasil

Bolsonaro em evento nos EUA (Foto: Reprodução)
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O presidente Jair Bolsonaro, que chegou a prestar continência para a bandeira norte-americana, confirmou a isenção de visto para cidadãos dos Estados Unidos para entrar no Brasil.  A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira (18), abarca a isenção de visto também para cidadãos do Japão, Austrália e Canadá. A decisão é unilateral, isto é, os quatro países beneficiados continuarão exigindo visto de brasileiros. Em comunicado, o Ministério do Turismo tentou justificar: "A isenção do visto de forma unilateral é um aceno que fazemos para países estratégicos no sentido de estreitar as nossas relações. Nada impede que essas nações isentem os brasileiros dessa burocracia num segundo momento". Vergonha  O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, participou de um evento em Washington, nos Estados Unidos, na noite deste sábado (16), em que falou mal de brasileiros que vivem em situação irregular no exterior. Para o parlamentar, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, os EUA não devem isentar cidadãos brasileiros de visto para entrar no país, mesmo com a decisão do governo publicada hoje. “Quantos americanos vão vir morar ilegalmente no Brasil, aproveitar essa brecha para entrar aqui como turista e passar a viver ilegalmente? Agora vamos fazer a pergunta contrária: se os EUA permitirem que o brasileiro entre lá sem visto, quantos brasileiros vão para os Estados Unidos se passando por turistas e vão passar a viver ilegalmente aqui? (…) Um brasileiro ilegalmente fora do país é problema do Brasil, isso é vergonha nossa, para a gente”, disse.