O presidente Jair Bolsonaro divulgou neste domingo (11) o vídeo de uma coletiva de imprensa do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). líder do PSDB na Câmara dos Deputados em 2015, para defender a tese do voto impresso, que sofre resistências na Câmara. Os tucanos alegaram fraude nas eleições de 2014 quando Aécio Neves (PSDB) foi derrotado por Dilma Rousseff (PT), mas já mudaram de posição.
"Essa auditoria nas urnas foi muito importante porque ficou claro para todo nós que, de fato, não é possível dizer se foi ou não fraudado e não é porque o sistema seja inviolável, mas porque é inauferível, é inauditável", disse Sampaio ao ler relatório divulgado pelo partido em 2015. Com base nisso, defendeu o voto impresso acoplado - apesar de a auditoria não identificar qualquer indício de fraude.
"Todos sabemos que o que há de mais importante numa democracia é o respeito ao voto que externa a vontade da população. Esse respeito se dá quando podemos garantir aos eleitores que a sua vontade não foi violada ou viciada. Jamais foi nosso objetivo, com a referida auditoria, questionar o resultado ou mesmo pleitear uma recontagem de votos. Nossa proposta foi, isso sim, fortalecer a confiança no processo eleitoral, já que inúmeras denúncias de fraudes foram veiculadas por eleitores nas redes sociais", afirmou, ao ler a introdução do documento.
O PSDB foi muito criticado na época pela postura, que demonstrava uma não aceitação à derrota eleitoral.
Após Bolsonaro utilizar a posição dos tucanos para defender o voto impresso, o partido negou que tenha havido fraude em 2014. "Reconhecemos todos os resultados eleitorais e a segurança das urnas eletrônicas. Ela [a auditoria] foi feita. E o resultado foi reconhecido. Não há a menor contestação. Participamos da sessão do Congresso Nacional que deu posse a ela sem qualquer protesto”, disse o presidente do PSDB, Bruno Araújo, à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
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