Bolsonaro sobre o Auxílio Emergencial: "600 é muito pra quem paga"

Em live, o presidente ainda minimizou as aglomerações que causa durante a pandemia: "quem decide na minha vida sou eu"

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que o auxílio emergencial não deve continuar em R$ 600, durante live presidencial realizada nesta quinta-feira (27). Segundo ele, esse valor é muito alto e o país pode "quebrar" se o benefício for mantido tal como é hoje.

"Eu falei semana passada que R$ 600 é muito e o pessoal bateu em mim: 'vá viver com R$ 600'. É muito para quem paga, é muito para o pai. Quem paga não sou eu, quem paga é o país. Tem gente que fala 'esse dinheiro é nosso', mas o dinheiro não é teu, é endividamento. Você vai pegar o dinheiro no banco, o dinheiro não é seu, você está se endividando. É R$ 58 bilhões por mês", afirmou o ex-capitão.

Bolsonaro enfatizou que "600 é pouco para quem recebe, mas muito para quem paga" e falou que esse benefício pode "quebrar" o Brasil. "Quando foi criado era para três meses, passamos para cinco. Alguns querem mais quatro, mas é impossível. Quebra o Brasil, perdemos a confiança e nós temos que voltar ao trabalho", declarou.

Apesar de ter defendido inicialmente um "voucher" de R$ 200, o presidente tem tentado se passar como o "pai" do auxílio emergencial, que aumentou de valor após pressão da oposição e da Câmara dos Deputados.

Aglomeração

O ex-capitão ainda se defendeu das críticas por estar promovendo aglomerações durante a pandemia do novo coronavírus. "A gente vai conversar com o povo. Tem gente que fala que estou abusando no meio do povo. Mas tô lá, o problema é meu. Durante a pandemia estive no meio do povo também, sem problema nenhum. E quem decide na minha vida sou eu, ninguém tem que dar palpite na minha vida não", disse ainda.

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