O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, criticou na tarde deste sábado (4) o parecer favorável dado pelo vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés a um processo que pede a extinção do Partido dos Trabalhadores (PT).
"É escandalosa a admissão do pedido de cassação do registro do PT pelo vice procurador-geral eleitoral. É uma tentativa grotesca de intimidar toda a oposição a Bolsonaro e fragilizar ainda mais a democracia brasileira. Onde querem chegar?", escreveu o candidado do PSOL nas últimas eleições presidenciais.
Além de Boulos, outras figuras do campo progressista se manifestaram contra o processo. "A admissibilidade, pelo vice-procurador-geral eleitoral, de pedido de cancelamento do registro do PT é absurdo. Há entendimento consolidado no TSE de que nenhum partido responderá pelos ilícitos de seus dirigentes. Decisão inaceitável que precisa ser amplamente repudiada", disse o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.
O ex-senador Roberto Requião, do MDB, também lamentou a medida. "A canalha quer acabar com o PT. Não com o vírus. Momento terrível e triste da história do nosso Brasil", tuitou.
No final da tarde deste sábado, o partido se manifestou por meio de duas notas apontando que a denúncia tem “caráter opinativo” e político, carece de provas e é uma tentativa de calar a oposição.
“É ultrajante e fantasiosa a admissibilidade pelo vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés de pedido para cancelamento do registro do Partido dos Trabalhadores junto à Justiça Eleitoral. Não há provas e nem indícios de que o PT tenha recebido recursos oriundos do exterior, o que nunca aconteceu. A decisão é arbitrária e política, sem amparo em fatos ou na realidade”, diz a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.