Caminhada do Silêncio homenageará mortos e desaparecidos políticos no dia 31 de março

A marcha sairá da Praça da Paz, no Parque Ibirapuera, em São Paulo e seguirá até o Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos

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A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos promove, no próximo dia 31 de março, a partir das 16 horas, na Praça da Paz, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, a Primeira Caminhada do Silêncio. A marcha tem o objetivo de dar visibilidade à questão e promover reflexão acerca do tema. O ato seguirá rumo ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, situado ao lado do parque. O monumento foi construído pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo para homenagear as pessoas que perderam a vida enquanto lutavam pela instalação do regime democrático no Brasil. Concebida pelo arquiteto e artista plástico Ricardo Ohtake, foi inaugurada em 8 de dezembro de 2014 e em sua estrutura carrega os nomes de 436 mortos e desaparecidos políticos de todo o país, segundo o registro dos familiares. A concentração da I Caminhada do Silêncio terá início às 16h com apresentações literomusicais, conduzidas pelo cantor e músico Renato Braz, que seguirão até às 18h. Logo após, às 18h30, o grupo dará início à caminhada. A ideia é que os participantes levem velas, flores e fotos de vítimas da violência estatal. Ao término da caminhada está prevista uma vigília até a meia noite. O Departamento de Educação em Direitos Humanos e Direito à Memória, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, é um dos parceiros e garantirá a estrutura física e a logística de segurança durante a atividade. O evento conta também com o apoio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF). Ainda como parte da mobilização, durante todo o mês de março a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos publicará no Facebook episódios históricos marcados pela violência estatal que retirou a vida de milhares de pessoas em atos políticos ao longo das últimas décadas. O objetivo é manter viva a memória para evitar que barbáries semelhantes se repitam. Mais informações estão disponíveis na página da CEMDP.