Cid diz que governo Ciro terá metade de ministras mulheres e não haverá Lava Jato

Irmão do governador CIro Gomes concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo

Foto: Agência Brasil
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Ao coordenar a campanha do irmão, Cid Gomes diz não se preocupar com a língua afiada do pré-candidato do PDT à presidência da República. Ciro Gomes, segundo Cid, tem o que hoje o eleitor brasileiro busca: um estilo direto e sincero. Ele concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada nesta quinta-feira (21). Cid repetiu o discurso do irmão Ciro Gomes, em entrevista à Rádio Jovem Pan na última segunda-feira (18), sobre as alianças com o DEM e o PP. Cid disse que um acordo com os dois partidos deverá ser "olhando pra frente". "Nós não vamos pedir mea culpa de ninguém. Todos os partidos que quiserem se juntar a nós serão bem-vindos, sem preconceito ideológico", disse o ex-governador do Ceará. Ele foi sintético ao ser questionado sobre a incoerência de uma coligação com um partido implicado nos escândalos do Mensalão e da Lava Jato, como o PP. "Pode ter certeza de que em um governo Ciro não haverá Lava Jato". Ministério com mulheres A diversidade em um eventual governo Ciro Gomes foi tratada por Cid na entrevista com uma promessa. " O Ciro terá como objetivo ter metade do ministério composto por mulheres". Ele prometeu procurar a atriz Patrícia Pillar para participar da campanha do ex-marido. Na última vez que concorreu em uma eleição presidencial, ele respondeu sobre a participação de Patrícia na camapnah de forma infeliz. Cid garante que a língua afiada do ex-ministro da Integração Nacional não é dor de cabeça. Durante a entrevista na Jovem Pan, Ciro chamou o vereador do DEM, Fernando Holiday de "capitãozinho do mato". A reação do líder da bancada na Câmara, Sóstenes Cavalcanti foi virulenta. Ele definiu Ciro Gomes como "prostituto de partido" e listou todas as siglas pelas quais o pré-candidato passou ao longo da carreira politica. "Se fosse uma pessoa que está chegando agora, que você nunca tivesse visto no exercício do poder, haveria razão para temer. Eu acho que o perfil franco, sincero, que fala o que pensa é o que o povo brasileiro deseja. Até o Bolsonaro consegue entrar nisso por conta desse perfil", comentou o irmão. Economia O governo Ciro, segundo Cid, não seguirá o fundamento do tripé macroeconômico, política surgida no governo FHC e continuada no governo Lula. "É fundamental alterar o tripé macroeconõmico ou acrescentar um quatro tripé. O da geração de emprego. Nós temos de dar meta de emprego, disse. O coordenador da campanha prometeu que o mercado financeiro não terá espaço no governo do PDT. "Quem lucra no mercado financeiro não chega a 2% da população brasileira. Nós estamos defendendo 98%: desempregados, classe média, trabalhadores e setor produtivo. O setor financeiro já lucrou demais e está na hora de dar uma contribuição ao país"