Coagido, diretor da Odebrecht disse que "construiu relato" na Lava Jato sobre sítio de Atibaia, atribuído a Lula

"Precisava perguntar isso para os procuradores lá da Lava Jato", disse o ex-diretor-superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, ao responder pergunta do advogado Igor Tamasauskas sobre os motivos dos delatores precisarem falar sobre atos praticados por outras pessoas. Caso resultou na segunda condenação de Lula

Sítio de Atibaia, que resultou na segunda condenação de Lula pela Lava Jato (Montagem)
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Em depoimento no Tribunal de Justiça de São Paulo no último dia 3 de julho, o ex-diretor-superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, disse ter sido "quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido" e que teve que "construir um relato" na delação feita a investigadores da operação Lava Jato no processo sobre o chamado Sítio de Atibaia, que resultou na segunda condenação do ex-presidente Lula nos casos da força-tarefa. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo "Sem nenhuma ironia. Desculpa, doutor. Precisava perguntar isso para os procuradores lá da Lava Jato. No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato", disse o executivo, que foi um dos 77 delatores da Odebrecht na operação A declaração foi dada em resposta ao advogado Igor Tamasauskas, que perguntou por que delatores precisam falar sobre atos praticados por outras pessoas. "Porque, numa colaboração, você confessa atos próprios, crimes próprios, ou improbidades próprias". Ao explicar o que seria "construir um relato", o diretor da Odebrecht disse que seria apontar algo como "olha, aconteceu isso, isso, isso e isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer as obras". As informações são de Nahan Lopes, no Portal Uol, divulgadas nesta terça-feira (16).