Com apenas 3% das assinaturas necessárias, Aliança pelo Brasil tentou filiar mortos e eleitores falsos

Partido de Bolsonaro acumulou nos seus sete meses de existência um número de assinaturas rejeitadas 61% maior em relação às aprovadas

Bolsonaro em ato de golpistas em frente ao quartel general do Exército em Brasília (Foto: Reprodução)Créditos: Reprodução/Youtube
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Sete meses após seu lançamento, o Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, acumulou apenas 3% das assinaturas necessárias para sair do papel. A grande maioria das inscrições foram rejeitadas por serem de pessoas que já morreram ou que não existem, entre outros motivos.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, até a última quinta-feira (9), apenas 15.721 das 492 mil assinaturas exigidas haviam sido validadas pela Justiça Eleitoral, 3,2% do mínimo necessário.

O número das assinaturas rejeitadas pela Justiça é 61% maior, ou sea, 25.384 inscrições não foram aceitas. Entre os motivos, estão 44 nomes de pessoas que já morreram e outros 150 de eleitores que não existem, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O principal motivo de rejeição, no entanto, é relativo a eleitores que já são filiados a outro partido. Nesta condição, estão 71% das inscrições rejeitadas. Há ainda 1.284 assinaturas descartadas por estarem duplicadas e 3.352 de pessoas com divergência de dados em relação ao cadastro eleitoral.

A meta inicial dos responsáveis pelo partido era acumular assinaturas a tempo para as eleições municipais deste ano. Ou seja, seria necessário filiar a quantidade mínima de apoiadores até abril, o que não aconteceu.