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Reportagem de Camila Turtelli, Mariana Haubert e Ricardo Galhardo, na edição deste sábado (2) do jornal O Estado de S.Paulo, revela que o conluio do governo Jair Bolsonaro (PSL) para reeleger Rodrigo Maia (DEM/RJ) na presidência da Câmara dará ao bloco governista, comandado pelo PSL, o comando de 15 das 25 comissões temáticas da casa, entre elas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças.
Em negociação nos bastidores, Joice Hasselmann (PSL-SP) deve ficar com o comando da Comissão de Finanças e Eduardo Bolsonaro com a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.
A presidência dessas comissões é muito disputada entre os partidos e entre os próprios parlamentares, porque é o presidente quem define as pautas de votação, define os relatores de cada proposta e garante o cronograma e o ritmo dos trabalhos.
As comissões têm poder, também, para convocar eventualmente ministros e autoridades para prestar esclarecimentos sobre um determinado assunto e, não raro, usam esse poder para pressionar o governo.
Isolamento da esquerda
Em outra manobra que ajudou a isolar ainda mais o PT, Maia assinou ontem uma resolução se antecipando ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre fusão de partidos.
Ele permitiu que cinco partidos que não atingiram a cláusula de barreira (exigência de número mínimo de votos) se unissem num bloco. Dessa forma, esse grupo, formado por outros partidos de oposição ao governo Bolsonaro, ficou maior que o do PT, com 105 deputados.
Dessa forma, o PT, que já ficou sem um titular na Mesa Diretora da Câmara, agora também corre o risco de ficar sem a liderança da Minoria ou a liderança da Oposição. O grupo dos petistas recorreram da medida de Maia no plenário.
“É inaceitável. Se for o caso vamos à Justiça. Essa minoria que ele (Maia) está apoiando é governista”, afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
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