CPI do Genocídio: Nise Yamaguchi admite conversas frequentes com Bolsonaro

Pressionada na comissão, a médica disse que o "conselho independente" formado por ela e Wizard não era uma "gabinete paralelo"

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
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Após tentar se distanciar do tema, a oncologista Nise Yamaguchi revelou em depoimento à CPI do Genocídio nesta terça-feira (1) que mantinha contato frequente com o presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita após ela ser confrontada por vídeos exibidos pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

"Estive conversando com ele [Bolsonaro] diversas vezes", admitiu Nise. ""Frente a essas questões [virtuais], sim [é frequente]. Com relação a uma presença física, pessoal, não", completou.

"Diretamente nós estivemos conversando, junto a outras pessoas, em torno de 4 a 5 vezes", disse ainda.

A médica ainda admitiu que enviou mensagens a Bolsonaro quando foi sondada para assumir o Ministério da Saúde, função na qual ela recusou.

Sobre o chamado gabinete paralelo, Yamaguchi voltou a se esquivar do tema e disse que o conselho em que ela participava com o empresário Carlos Wizard seria "independente". "Inicialmente, o conselho seria do ministério, mas ele foi independente", afirmou ao ser contestada por um vídeo.