Após tentar se distanciar do tema, a oncologista Nise Yamaguchi revelou em depoimento à CPI do Genocídio nesta terça-feira (1) que mantinha contato frequente com o presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita após ela ser confrontada por vídeos exibidos pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.
"Estive conversando com ele [Bolsonaro] diversas vezes", admitiu Nise. ""Frente a essas questões [virtuais], sim [é frequente]. Com relação a uma presença física, pessoal, não", completou.
"Diretamente nós estivemos conversando, junto a outras pessoas, em torno de 4 a 5 vezes", disse ainda.
A médica ainda admitiu que enviou mensagens a Bolsonaro quando foi sondada para assumir o Ministério da Saúde, função na qual ela recusou.
Sobre o chamado gabinete paralelo, Yamaguchi voltou a se esquivar do tema e disse que o conselho em que ela participava com o empresário Carlos Wizard seria "independente". "Inicialmente, o conselho seria do ministério, mas ele foi independente", afirmou ao ser contestada por um vídeo.