Enquanto diversos setores da sociedade demonstraram indignação com a cena do presidente Jair Bolsonaro participando de ato pró-intervenção militar em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília no domingo, as Forças Armadas se calaram.
Os perfis oficiais das três armas, seus comandantes e figuras relevantes no meio militar, como o general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e assessor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), não comentaram publicamente sobre o episódio até a tarde desta segunda-feira (20).
Até mesmo figuras mais próximas do presidente, como os generais Augusto Heleno, chefe da GSI, e Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa, evitaram falar sobre o ato.
Segundo os colunistas Valdo Cruz e Andreia Sadi, do portal G1, os militares do governo não gostaram da atitude de Bolsonaro e criticaram o ex-capitão internamente.
Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa irá receber os comandantes do Exército, general Edson Pujol, da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, e da Força Aérea, tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez. Segundo Robson Bonim, da Veja, não se sabe ao certo se a pauta vai tratar sobre Bolsonaro.