Dallagnol pediu a Raquel Dodge para lhe socorrer da Vaza Jato

Acuado por ter investigado o ministro Dias Toffoli, Deltan tentou, sem êxito estabelecer uma ponte com o Supremo para acalmar os ânimos. Procuradora geral lavou as mãos

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O cerco dos procuradores da Operação Lava Jato ao ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), está rendendo dores de cabeça ao procurador Deltan Dallagnol. A coluna Painel da edição deste domingo (4) da Folha de São Paulo revela que integrantes da força-tarefa da Lava Jato pediram ajuda à procuradora geral da República, Raquel Dodge. Preocupado com a dimensão que o caso tomou, Dallagnol pediu para conversar com ministros do Supremo para se explicar. A chefe dos procuradores não levou o caso adiante e disse aos emissários de Dallagnol que tal conversa era desnecessária. Nos bastidores do Supremo, comenta-se que Dodge não tem qualquer interesse em comprar esse barulho da Lava Jato, atraindo para a PGR a fúria dos ministros do Supremo incomodados com as mensagens de Dallagnol com colegas da procuradoria e o ministro Sergio Moro (Justiça).

O lado mais fraco

Em conversas entre si, os ministros têm debatido bastante o cerco a Toffoli e sua mulher. Um deles se disse, segundo a coluna, impressionado com a falta de liturgia com que o endereço do colega foi repassado a investigadores da primeira instância pelo gabinete do então procurador geral Rodrigo Janot. Um subprocurador-geral disse à Folha que “em todas as vezes que viu a magistratura entrar em choque com a Procuradoria, foi o segundo grupo quem saiu chamuscado”.