A defesa do ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, morto pela polícia no interior da Bahia no último domingo (9) em uma emboscad ainda pouco esclarecida teriam apresentado à Justiça um memorial com alegações finais sobre os processos que o miliciano responde e pediram a absolvição "in memoriam".
"In memoriam, como derradeiro ato de sua defesa, já não mais de sua liberdade, mas ao menos o de sua honra”, diz a solicitação, segundo a revista Crusoé. O pedido não tem efeitos práticos, já que a ação será extinta logo depois da liberação do atestado de óbito.
Homenageado em duas ocasiões por Flávio Bolsonaro, que empregou a mãe e a irmã dele em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e defendido na Câmara Federal por Jair Bolsonaro, o miliciano disse ao advogado Paulo Emilio Catta Pretta que seria morto, em uma "queima de arquivo".
Insatisfeitos com o laudo da autópsia emitida pelo Instituto Médico-Legal da Bahia, segundo o qual a vítima sofreu “anemia aguda secundária à politraumatismo por instrumento de ação pérfuro-contundente”, a família de Adriano também deu entrada na Justiça com um pedido de autorização para encomendar uma perícia independente no corpo.