Deputada do PSOL vai entregar relatório final da CPI na ONU

A parlamentar Fernanda Melchionna, que fará a entrega do documento, também afirmou que será realizado um chamado internacional para alertar o perigo que Bolsonaro representa para outros países

Fernanda Melchionna - Foto: CMPACréditos: Divulgação
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A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) vai entregar o relatório final da CPI da Covid ao Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

Fernanda Melchionna está em Genebra para participar, a partir desta segunda-feira (25), da reunião do Grupo de Trabalho Intergovernamental de Composição Aberta do Conselho de Direitos Humanos da ONU, onde será discutida a construção de um Tratado Vinculante das Nações Unidas sobre Organizações Transnacionais em Matéria de Direitos Humanos.

A parlamentar foi convidada pela organização The Left, que congrega membros de partidos políticos de esquerda que possuem representação no Parlamento Europeu.

Ao UOL, a deputada declarou que a entrega do documento ao organismo da ONU "é um primeiro passo na luta pela responsabilização e condenação do presidente da República por ter sabotado o combate à pandemia no país, o que levou a mais de 600 mil óbitos por coronavírus", disse Melchionna.

Além disso, Melchionna revelou que será feito "um chamado internacional em Genebra para alertar que Bolsonaro, como um dos principais representantes da extrema-direita no mundo, é um perigo para todos os países do planeta".

CPI: Além de Bolsonaro, 10 foram acusados de crime contra humanidade

O relatório final da CPI do Genocídio, divulgado nesta quarta-feira (20), tenta dar uma dimensão geral da tragédia que abateu o Brasil diante da pandemia da Covid-19 e punir os responsáveis. Para dar conta da gravidade dos episódios ocorridos no país no período, os senadores tiveram que recorrer a três modalidades de crimes contra a humanidade.

No documento final, elaborado por Renan Calheiros (MDB-AL), foram quatro os episódios apontados como característicos de crimes contra a humanidade: o colapso sanitário de Manaus, os experimentos com cobaias humanas da Prevent Senior e da proxalutamida e a atuação contra os povos indígenas.

No total, foram 11 pessoas acusadas de cometimento desse tipo de crime em três modalidades: extermínio, perseguição e outros atos desumanos.

O presidente Jair Bolsonaro, o ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho, ex-Cidadania), o ex-ministro Eduardo Pazuello, Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde conhecida como “Capitã Cloroquina”, médicos da Prevent e autor dos experimentos da proxalutamida foram imputados nesses crimes.

Confira aqui o relatório final da CPI da Covid

Com informações do UOL.