Dieese: mulheres serão as mais prejudicadas com a reforma da Previdência de Bolsonaro

Segundo dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), do total de dependentes da pensão por morte, 83,7% são mulheres e só 16,3% são homens. Na proposta de reforma, novas pensões terão redução do valor

Bolsonaro em ato de comemoração do Dia Internacional da Mulher (Foto: Divulgação/PR)
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Reportagem de Clayton Castelani e Fernanda Brigatti, na edição deste sábado (9) do jorna Agora, informa que as mulheres serão as mais prejudicadas pela reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PSL). Segundo dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), do total de dependentes da pensão por morte, 83,7% são mulheres e só 16,3% são homens. Na proposta de reforma, novas pensões terão redução do valor. Em 2017, foram pagas 7,6 milhões de pensões, que correspondem a 27% dos benefícios previdenciários.
Pensionistas no Regime Geral de Previdência Social recebem hoje 100% do benefício herdado. Ou seja, uma viúva de um aposentado cujo benefício era de R$ 2.000 terá direito ao mesmo valor de pensão. Com a mudança, a viúva ficaria com 60% do benefício e o restante seria distribuído em cotas de 10% por filho menor de 21 anos, até o limite de 100%. Caso a viúva não tenha filhos com esse perfil, um benefício de R$ 2.000 resultaria em uma pensão de R$ 1.200. As mulheres também são maioria entre os potenciais prejudicados pelo aumento da carência para a aposentadoria por idade, que passaria de 15 para 20 anos. De acordo com o Dieese, em 2017, 62,8% das mulheres se aposentaram por idade, contra 37,2% dos homens. Leia matéria na integra. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.