Dilma diz que seu pedido de prisão revela o esforço inconsequente do ministro Sérgio Moro “no afã de perseguir adversários políticos”

“O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça”, diz nota assinada pela assessoria da ex-presidenta

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira (5), por meio de sua assessoria de imprensa, uma nota de repúdio ao tomar conhecimento de que na ação de Polícia Federal (PF), deflagrada nesta manhã para apurar repasse de R$ 40 milhões para políticos do MDB, foi solicitada sua prisão, dentre outros políticos. A PF é controlada pelo ministro Sérgio Moro e a prisão só não ocorreu porque o ministro do Supremo, Edson Fachin, não autorizou. Veja abaixo a íntegra da nota: É estarrecedora a notícia de que a Polícia Federal pediu a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff num processo no qual ela não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento. A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar. Hoje, 5 de novembro, ela foi convidada a prestar esclarecimentos à Justiça, recebendo a notificação das mãos civilizadas e educadas de um delegado federal. No final da tarde, soube pela imprensa do pedido de prisão. O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade. Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal. Assessoria de Imprensa Dilma Rousseff