Direita ruma para Alckmin e abre novo capítulo do golpe

Os partidos do chamado "centrão", que chegaram a sinalizar uma aproximação com Ciro Gomes (PDT), devem todos fechar aliança com o candidato tucano

Foto: Ivan Longo
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Líderes de partidos de direita e centro-direita, o chamado "centrão", que foram protagonistas no golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff, se reuniram mais de uma vez ao longo desta semana para definir as alianças das eleições e, ao que tudo indica, vão definir seu apoio a Geraldo Alckmin (PSDB). Depois de alguma aproximação com Ciro Gomes (PDT), partidos como o DEM, PRB e SD teriam decidido, com a entrada do PR de Valdemar Costa Neto no grupo, rumar para o tucano. O anúncio oficial deve ser feito na semana que vem. De acordo com a Folha de S. Paulo, em uma reunião na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), nesta quinta-feira (19), Valdemar teria afirmado que Ciro é "explosivo" e "politicamente pouco confiável". Além disso, os partidos acreditam que, quando o PT confirmar sua candidatura, a de Ciro Gomes deverá ser desidratada. O grupo conta ainda com o PRB, que é pouco simpático a Ciro. Nos bastidores, caso o "centrão" desista mesmo da possibilidade de apoiar Ciro e confirme aliança com Alckmin, especula-se que o PSB venha a apoiar, para a presidência, o PT, como defende Paulo Câmara, governador de Pernambuco. A decisão final dos partidos de direita deverá ser anunciada na próxima quinta-feira (26), de acordo com a Folha. Já o Estadão informa que o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, comunicou ao deputado Esperidião Amin que o anúncio acontecerá no dia 25 de julho e que a chapa do PSDB deverá ter como vice o empresário Josué Alencar, do PR.