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Reportagem de Vinicius Konchinski, no portal Uol nesta quarta-feira (29), informa que o grupo de doleiros ligado ao esquema liderado por Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, usou contas correntes de empresas de fachada nos bancos Itaú, Bradesco, Santander e Caixa para pagamento de propinas.
As informações constam das investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato no MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro), que vê falhas das instituições financeiras em controlar crimes praticados com ajuda de seus serviços.
De acordo com o MPF-RJ, os doleiros conseguiram abrir contas em nome de pelo menos sete empresas de fachada em quatro dos principais bancos do país.
Para isso, contaram com a falha ou colaboração de funcionários, os quais não checaram os dados cadastrais das companhias falsas ou mesmo receberam propinas em troca das facilidades vendidas à organização criminosa.
Essas contas bancárias eram usadas por doleiros como entreposto para o dinheiro que circulava nos esquemas de pagamento de propinas dos quais eles participavam.
Uma conta em nome de uma companhia de fachada poderia receber depósitos sem que o real dono do saldo fosse identificado, por exemplo. Os valores depositados ali também poderiam ser usados para pagamentos em que o destino do dinheiro nunca era revelado.