Douglas Belchior se filia ao PT: “frente ampla com Lula na Presidência e Haddad em SP”

O líder do movimento negro, que deixa o Psol e se filia ao PT nesta segunda, publicou artigo na Folha

Haddad e Douglas Belchior. Foto: Redes Sociais
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O militante e líder do movimento negro Douglas Belchior deixou o Psol e se filia nesta segunda-feira (6) ao Partido dos Trabalhadores. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, ele defendeu uma frente ampla em torno da candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no governo do estado de São Paulo.

"Temos o desafio e a necessidade de construir uma frente ampla para, no curto prazo, derrotar Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e, no longo prazo, enfrentar o bolsonarismo —feito erva daninha, ele continuará brotando nas esquinas do nosso país.  Se há uma força política trabalhando efetivamente para essa construção e que está dialogando com os diferentes, apesar de tantas feridas ainda abertas, são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad e o Partido dos Trabalhadores”, escreveu.

Governo do Estado

Belchior diz ainda que "o exercício de construção dessa frente tem se desenvolvido pelo país afora e encontra, em São Paulo, uma discussão acalorada sobre qual seria a candidatura progressista unitária para o governo do estado. O cenário de devastação em que vivemos deveria significar um choque de realidade suficiente para se perceber que ter um partido forte e estruturado, presente em todo o estado e com base social consolidada, além de um bom e experimentado postulante —acompanhado da candidatura presidencial do principal oponente de Bolsonaro—, são elementos fundamentais para a viabilidade de uma chapa contra o conservadorismo paulista".

Haddad

Ele lembra ainda que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), deixou um legado inquestionável no enfrentamento às desigualdades socioeducacionais como ministro da Educação: "Num país em que governos sempre defenderam, equivocadamente, políticas universais como suficientes para a garantia de acesso à educação e padrão de qualidade do ensino, Haddad —a partir de muito diálogo e tensão por parte de movimentos sociais e do movimento negro— efetivou políticas focadas na diminuição do abismo social entre brancos e negros. O desenvolvimento das políticas de cotas raciais nas universidades públicas, a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), o Prouni, a homologação das diretrizes curriculares para a educação escolar quilombola, a ampliação da lei 10.639/2003, que inclui no currículo da rede de ensino a obrigatoriedade da história e da cultura afro-brasileira e indígena. Sou professor, e esse histórico me toca".

"É preciso unidade em torno de um nome. O currículo e o histórico de realizações qualificam Fernando Haddad como o melhor candidato ao governo do estado de São Paulo", finaliza Belchior.

Haddad comentou em sua conta do Twitter a filiação e o artigo:

https://twitter.com/Haddad_Fernando/status/1467822316549718025