“Ele representa política mais antiga desse País”, diz Dani Monteiro sobre #EleNão

“A gente vai lembrar e se perguntar onde estava em 2018. Eu quero ter a certeza que eu estava do lado de quem estava lutando contra o fascismo e contra essa ofensiva conservadora", disse Dani Monteiro

Dani Monteiro. Foto: Facebook
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De acordo com Dani Monteiro (PSOL), candidata à deputada estadual pelo Rio de Janeiro, várias lutas por igualdade estão se entendendo e se espelhando umas nas outas e que, por isso, negros, mulheres, quilombolas e outras minorias perceberam que essa mobilização precisa ser cada vez maior. “É juntar diversos atores sociais que se reconhecem em uma luta em comum, com um inimigo em comum, é a materialização de um inimigo em comum que ele (Bolsonaro) representa”, afirma. Segundo ela, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) não é uma figura isolada no Brasil. Para a candidata, “ele representa a política mais antiga desse País”. Dani afirma que a plataforma de liberar o porte de arma, por exemplo, é uma forma evidente de ameaçar a população negra. “É esse discurso de reação ao inimigo. E a gente sabe quem é o inimigo numa sociedade racista”, diz ela explicando que as mulheres também são alvo, quando são chamadas de “fraquejadas”. “O cara defende a tortura abertamente. Não é com meias palavras. Ele defende ditadores, defende o assassinato de juventude negra, quilombolas... não tem como não se posicionar nesse momento”, afirma a candidata que participou da campanha e foi assessora no mandato da vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano em um crime político que ainda não foi solucionado. “A Marielle morreu como um jovem negro morre diariamente nesse estado, mas ela foi eliminada por uma posição política que ela representava, pelo perigo que essa posição política representa. Num cenário em que se elimina uma posição política de 46.502 votos, é um momento que ou você defende a diversidade de ideias ou você defende a barbárie”, explica Dani. Por isso, a candidata acredita que não é possível se manter isento em um momento como esse da história do Brasil. “A gente vai lembrar e se perguntar onde estava em 2018. Eu quero ter a certeza que eu estava do lado de quem estava lutando contra o fascismo e contra essa ofensiva conservadora que representa a candidatura do Bolsonaro”, pontua. No dia 29 de setembro espera-se uma grande mobilização de mulheres pelo Brasil contra a eleição do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Essa reação nas ruas veio da hashtag #EleNão, que começou a circular nas redes sociais e mobilizou artistas, pensadoras e políticas. Até o dia do ato, a Fórum irá entrevistar mulheres que aderiram à campanha.