Embaixador chinês rebate Paulo Guedes, que diz que usou "imagem infeliz": "Tomei a CoronaVac"

Após Guedes dizer que "chinês inventou o vírus" e que vacina dos EUA é melhor que a Coronavac, Yang Wanming foi às redes e lembrou que a China é principal fornecedor do imunizante ao Brasil. Ministro diz que usou "imagem infeliz"

Yang Wanming, embaixador da China, e Paulo Guedes (Montagem)
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O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, rebateu pelas redes sociais a declaração de Paulo Guedes que declarou, durante reunião do Conselho de Saúde Complementar, que "o chinês inventou o vírus, e a vacina dele é menos efetiva do que a americana" (assista aqui ao vídeo).

"Até o momento, a China é o principal fornecedor das vacinas e os insumos ao Brasil, que respondem por 95% do total recebido pelo Brasil e são suficientes para cobrir 60% dos grupos prioritários na fase emergencial. A Coronavac representa 84% das vacinas aplicadas no Brasil", publicou em seu Twitter o embaixador chinês.

https://twitter.com/WanmingYang/status/1387188830537662466

Após o tuite do embaixador chinês, o ministro da Economia brasileiro tentou se redimir para "tirar o mal entendido" e declarou que usou "uma imagem infeliz" para ilustrar que a iniciativa privada dá "melhor resposta" à situações como a pandemia.

"Usei uma imagem infeliz", disse o ministro. "Quis dar a importância ao setor privado de como consegue produzir respostas. Então mesmo um vírus desconhecido que veio de fora, eles conseguiram fazer uma vacina que parece mais eficaz ainda do que a da própria região que saiu o vírus. Foi só essa imagem que eu quis usar", justificou.

Guedes ainda disse ser "muito grato" à China e que tomou o imunizante produzido pela empresa chinesa Sinovac, em parceria no Brasil com o Instituto Butantan.

"Nós somos muito gratos à China por ter nos enviado vacina. Eu tomei a CoronaVac, tomei a primeira dose 30 dias atrás e a segunda dose neste domingo, então eu não vou falar mal da vacina".

Guedes disse ainda que suas declarações não tinham "nenhum objetivo" e que o próprio presidente Jair Bolsonaro comunicou-o de que o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, iria entrar em contato com autoridades chinesas para desfazer o que chamou de "mal entendido".