Empresário que comprou imóvel de R$ 2,6 milhões de Flávio Bolsonaro já foi acusado de lavagem de dinheiro

Apesar de já ter concluído a compra, o nome de Gervásio Meneses de Oliveira não consta na escritura do apartamento

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O empresário Gervásio Meneses de Oliveira, que comprou o apartamento de R$ 2,6 milhões do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) na Barra da Tijuca, já foi acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e de fraudes em licitações.

Em um dos processos, o empresário é acusado de ter pago propina a uma desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região. O esquema teria ocorrido entre outubro de 2015 e janeiro de 2016. Em outro, Oliveira foi acusado de fazer parte de um esquema de fraudes em licitações de serviços de segurança e limpeza na Bahia. Ele chegou a ter pedido de prisão expedido, mas recebeu habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo reportagem de Camila Zarur, no jornal O Globo, o nome do empresário também não consta na escritura do imóvel. Oliveira alega que o acordo entre ele e o filho do presidente era que o registro se daria após o senador liquidar o financiamento que fez na Caixa Econômica para adquirir a mansão. A liquidação, no entanto, já foi feita.

Gervásio Oliveira também consta como recebedor de R$ 3 mil de parcelas do auxílio emergencial. Ele afirma que não solicitou o benefício e que seu CPF foi usado em um golpe.

A venda do apartamento foi justificada por Flávio como parte do valor que foi pago por ele na mansão de R$ 6 milhões que comprou em Brasília no ano passado. O imóvel fica localizado no Lago Sul, bairro nobre da capital do país.

O Ministério Público do Rio apura a suspeita de que o apartamento tenha sido comprado pelo senador com dinheiro adquirido através do esquema de "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

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