Escolhido por Temer para Ministério das Cidades é citado em CPI como “menino de ouro” de Carlinhos Cachoeira

Alexandre Baldy tinha uma relação “quase familiar” com o empresário de jogos de azar, de acordo com o relator.

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Alexandre Baldy tinha uma relação “quase familiar” com o empresário de jogos de azar, de acordo com o relator. Da Redação* Indicado por Michel Temer para ser o novo ministro das Cidades, o deputado Alexandre Baldy (Podemos-GO) foi citado, em 2012, em um relatório da CPI que investigou  as relações do empresário de jogos de azar Carlinhos Cachoeira com políticos. No texto do relator, o ex-deputado Odair Cunha (PT-MG), Baldy era apontado como o “menino de ouro de Cachoeira”. A informação foi publicada nesta segunda-feira (20) pela Folha de S.Paulo.

Na época, o relatório foi arquivado na CPI. No lugar, foi aprovado um texto que não indiciou ninguém. Baldy era então secretário de Indústria e Comércio de Goiás. O relatório de Odair Cunha também dizia que a relação do agora novo ministro das Cidades e Cachoeira era “quase familiar”.

“Essa próxima e próspera ligação entre o secretário [Baldy] e membros do grupo criminoso chega ao ponto de Alexandre Baldy declarar que tem uma relação 'quase familiar’ com Cachoeira”, afirmava o texto. “Não sendo menos sintomática a situação de o secretário ser considerado 'o menino de ouro' do bicheiro e contraventor", continuava o relatório.

Questionado sobre a citação, Baldy afirmou que nunca teve nenhuma relação com Cachoeira e que o relatório feito à época tinha como objetivo perseguir o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Baldy é o primeiro nome escolhido por Temer para a reforma ministerial que ele deve promover nos próximos dias. A tentativa do governo é fortalecer a base aliada para a votação, no Congresso, de outra reforma, a da Previdência. Baldy foi uma indicação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que neste domingo (19) ofereceu um almoço para Temer e líderes governistas para discutir as mudanças na Esplanada. *Com informações da Folha de S.Paulo e do G1  Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados