Exército adianta exercícios militares e se prepara para possível "guerra" nas eleições de outubro

Além do risco de incidentes nos estados, Alto Comando do Exército especula ainda sobre reação de bolsonarista, que podem repetir no Brasil a invasão do Capitólio por trumpistas nos EUA, caso Lula vença a eleição.

Braga Netto e Jair Bolsonaro em visita ao Comando do Exército (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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O Exército brasileiro adiantou todos os exercícios militares que faria no último semestre para antes das eleições, que acontecem em outubro, em preparação para uma possível "guerra" que pode acontecer a partir da disputa eleitoral.

Alinhada ao pensamento de Jair Bolsonaro (PL), inclusive em aspectos sobre a propalada volta da ameaça comunista, a força fará todos os 67 exercícios programados para o fim do ano de 2022 até setembro.

Segundo reportagem de Igor Gielow, na edição desta quinta-feira (6) da Folha de S.Paulo, o Alto Comando do Exército conversa sobre a "polarização", termo usado para a disputa direta entre Bolsonaro e Lula (PT).

"Generais e outros oficiais temem que a animosidade que consideram inevitável entre os dois grupos possa descambar para incidentes pontuais de violência ou contaminar discussões nas disputas estaduais — levando ao eventual pedido de socorro às Forças, que já estarão mobilizadas para o pleito deste ano", diz o texto.

De acordo com o jornalista, há ainda especulações sobre a reação de bolsonaristas mais radicais, que podem repetir o que houve nos EUA, com a invasão do Capitólio, caso Lula vença as eleições.