O Fantástico fez neste domingo (13) uma grande reportagem utilizando um quebra-cabeça para explicar como funciona o esquema de corrupção no governo de Marcelo Crivella à frente da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A peça chave do esquema é o empresário Rafael Alves que dava ordens e indicava cargos na Prefeitura do Rio.
Alves, segundo o Fantástico, mesmo nunca tendo tido cargo no governo municipalm operava numa sala da Riotur e decidia licitações milionárias, como a contratação do plano de saúde dos funcionários públicos da cidade, que irrigou com 1,5 milhão por mês o esquema criminoso.
O programa também mostrou que Crivella e Rafael Alves se conversavam em horários bastante heterodoxos, com a 1h30 da manhã e saiam para caminhar juntos pela manhã.
As caminhadas pela manhã serviam, segundo o MP, para tratar de assuntos urgentes do esquema criminoso.
Quando em março, o MP realizou a operação do esquema de desvios na prefeitura, o celular de Rafael Alves tocou e o delegado atendeu.
Do outro lado da linha estava Marcelo Crivella:
"Alô, bom dia, Rafael. Está tendo uma busca e apreensão na Riotur? Você está sabendo?"
E o delegado responde:
"Sim, estou ciente. É uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro".
O delegado disse que ao perceber que não era Rafael Alves, o prefeito encerrou a chamada imediatamente.