Gilmar Mendes: “Janot é o procurador-geral mais desqualificado da história”

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não poupou críticas ao procurador-geral da República e disse que ele não tem preparo jurídico nem emocional para exercer o cargo.

24/05/2017- Brasília- DF, Brasil- O ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes, participa de um debate sobre política nacional de drogas, durante a Conferência Internacional de Ciências Forenses Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não poupou críticas ao procurador-geral da República e disse que ele não tem preparo jurídico nem emocional para exercer o cargo. Da Redação* Gilmar Mendes continua polemizando. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou nesta segunda-feira (7) que considera o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desqualificado e sem preparo jurídico nem emocional. “Quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da procuradoria. Porque ele não tem condições, na verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir algum órgão dessa importância”, avaliou o ministro, em entrevista à Rádio Gaúcha. A declaração foi dada em meio a questionamentos sobre o trabalho da Operação Lava Jato, da atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do STF. Mendes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), critica as delações premiadas. Ele acredita que o acordo firmado com a JBS, dos irmãos Batista, por exemplo, ainda será reavaliada. Foi Rodrigo Janot que homologou o acordo com a JBS. “Tenho absoluta certeza de que o será. Como agora a Polícia Federal acaba de pedir a reavaliação do caso do Sérgio Machado, que é um desses casos escandalosos de acordo e será reavaliado”, complementou. O ministro falou, ainda, que considera a Lava Jato importante. Entretanto, acrescenta que podem ocorrer equívocos. “Não é verdade que eu tenha dito que a Lava Jato deixou de ser importante. Acho os trabalhos extremamente importantes, mas isso não me compromete com eventuais equívocos. Sempre fui uma voz vencida na segunda turma quanto ao aumento das prisões da Lava Jato. Foi eu que votei o habeas [corpus], fui o terceiro voto, de desempate, no caso do Dirceu [José Dirceu]”, justificou. *Com informações do G1 Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas