Gilmar Mendes manda soltar secretário de Doria

“O Supremo colocou as coisas em seu devido lugar, cumprindo seu papel de guardião da Constituição e da dignidade humana”, afirmaram em nota os advogados de Alexandre Baldy

Alexandre Baldy e João Doria/Reprodução
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, mandou soltar, nesta sexta-feira (7), o secretário dos Transportes Metropolitanos de João Doria (PSDB), Alexandre Baldy (PP).

"Defiro o pedido liminar para suspender a ordem de prisão temporária decretada em relação ao reclamante. Expeça-se alvará de soltura. Comunique-se com urgência", escreveu Gilmar. A decisão atendeu pedido da defesa de Baldy.

Baldy foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal em um desdobramento da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro por ordem de Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Em nota, Pierpaolo Bottini, Alexandre Jobim e Tiago Rocha, advogados de Baldy, afirmam que a decisão corrigiu "uma injustiça brutal".

“Não há um indicio de atos ilícitos praticados por Alexandre Baldy. Os valores apreendidos em sua residência estavam declarados no Imposto de Renda, como todos os seus bens. Fez-se um espetáculo sobre o nada. O Supremo colocou as coisas em seu devido lugar, cumprindo seu papel de guardião da Constituição e da dignidade humana”, afirmaram.

Na casa que Baldy mantém em Brasília os agentes federais apreenderam R$ 90 mil, guardados em dois cofres. Em outra residência do secretário, em Goiânia, a PF achou mais R$ 110 mil.

Diante das acusações, o secretário pediu licença do cargo no Governo de São Paulo a partir desta sexta, por um mês, para se defender.

As suspeitas que motivaram a prisão são de período anterior à nomeação dele ao Governo de São Paulo, mas atingem a imagem de Doria, que via Baldy como uma das estrelas de seu secretariado.

Baldy foi preso, nesta quinta-feira, por suspeita de fraudes na Saúde. Outras duas pessoas também foram presas, entre elas um pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto.

O objetivo da operação é desarticular empresários e agentes públicos que atuavam na área da saúde. Baldy foi preso na Operação Dardanários, contra desvios no Rio de Janeiro e em São Paulo, envolvendo órgãos federais.

Com informações da Folha