PF pediu busca e apreensão contra Wajngarten e agências contratadas pelo governo em inquérito das fake news

A PF buscava descobrir como o governo direciona recursos de propaganda para sites bolsonaristas - como o Terça Livre, de Allan dos Santos. Pedido foi negado pela PGR e ação não foi desencadeada

Fabio Wajngarten e Bolsonaro (Reprodução/Youtube)Créditos: Reprodução/Youtube
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A Polícia Federal solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para realização de busca e apreensão em endereços ligados a Fabio Wajngarten, secretário-executivo do Ministério das Comunicações e ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência, em três agências de publicidade que têm contrato com o governo no inquérito das fake news.

Segundo informações da coluna Painel, na edição desta segunda-feira (1º) da Folha de S.Paulo, a Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras, se manifestou contra e a ação não foi desencadeada.

A PF buscava descobrir como o governo direciona recursos de propaganda para sites bolsonaristas - como o Terça Livre, de Allan dos Santos - por meio do Google Adsense, cujas contas governamentais seriam geridas pelas agências PPR - Profissionais de Publicidade Reunidos S.A, a Artplan e a Calia Y2 Propaganda.

Cabe às agências seguirem orientações do governo para direcionar o alcance das campanhas, escolhendo sites e palavras-chave para atingir o público. A PF quer saber se houve alguma ação ou omissão do governo para direcionar o dinheiro para sites bolsonaristas investigados por propagarem fake news e mobilizarem ataques antidemocráticos, que tinham o próprio STF como um dos alvos.