Bolsonaro aumenta a mentira e diz que "gente com dinheiro" contratou hacker para roubar 12 milhões de votos

Em entrevista à uma rádio conservadora, Bolsonaro afirmou ainda que o grupo de hackers levou um calote, resolveu denunciar ao TSE e "não conseguiu o seu intento: eleger o poste nas eleições de 2018"

Jair Bolsonaro e João Roma (Reprodução)
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Sem enviar provas das acusações que vem fazendo contra o sistema eleitoral, Jair Bolsonaro (Sem partido) aumentou a mentira em que prega uma imaginária invasão aos computadores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante entrevista a uma rádio conservadora da Bahia na manhã desta segunda-feira (9).

Após ser bajulado pelo vereador Alexandre Aleluia (DEM-BA), Bolsonaro afirmou que "gente com dinheiro" contratou um "grupo de hackers" para invadir os computadores do TSE para roubar 12 milhões de votos dados a ele nas eleições de 2018.

"Não é um hacker que resolveu entrar lá e ficar passeando [no sistema do TSE]. Isso daí, com toda certeza - não tenho prova, né? - é um hacker contratado por pessoas com dinheiro para ficar se movimentando, fazendo alterações dentro do TSE. Inclusive esse hacker trabalhou à vontade por ocasião do primeiro turno e também por ocasião do segundo turno", disse Bolsonaro.

Ao aumentar a mentira, o presidente citou a ministra Rosa Weber e a investigação da Polícia Federal, sempre oscilando em dizer que tem certeza com intervenções de que sua tese fica no "campo da suposição".

"Isso aí é uma suposição, deixar bem claro, esse grupo de hackers, quando as eleições acabaram, o grupo que os contratou - vocês devem saber quem é - não pagou esse serviço e daí o hacker resolver denunciar. E quando ele denunciou, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE à época, resolveu fazer com que a Polícia Federal abrisse um inquérito. Quando a PF foi pra dentro do TSE e falou o seguinte: 'eu quero os logs' - os locais onde estão as digitais, né? tudo armazenado do que está sendo feito lá -, qual foi a resposta do TSE, assinado pelo senhor Janine: 'ah, nós apagamos sem querer os logs'. É uma prova inconteste que essa pessoa foi pra lá, manipulou números", disse Bolsonaro.

Em seguida, o presidente ainda deu o número de votos que teriam sido encomendados ao "grupo de hackers" para que ele perdesse a eleição.

"O que se chega aqui. Agora fica a suposição, não posso afirmar também, que tinham acertado que esse hacker desviaria 12 milhões de votos meus. E como eu tive muito voto não foram suficientes 12 milhões de votos retirar de mim e passado para outro ou anulado (SIC). Dai, então, houve o fato de eu ter ganho as eleições", disse Bolsonaro, reafirmando que "os hackers não foram pagos porque quem contratou esses hackers - é uma suposição, deixar bem claro - não conseguiu o seu intento: eleger o poste nas eleições de 2018".