O ex-ministro Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB) se reuniram em São Paulo nesta sexta-feira (19) para discutir uma possível união nas eleições estaduais de 2022. Com possibilidade de o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) migrar para o PSB para ser vice na chapa do ex-presidente Lula (PT), os dois pré-candidatos podem acabar unidos no pleito paulista.
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Haddad e França se reuniram para discutir "o futuro de São Paulo e do Brasil". Os dois se colocam como pré-candidatos ao governo do estado em 2022, mas uma composição entre eles não está tão distante.
Alckmin também é pré-candidato, mas sairia da disputa caso se tornasse vice de Lula. Esse caminho favoreceria Haddad e França em São Paulo, tendo em vista que o tucano aparece hoje como um dos favoritos.
A ida do ex-governador para a vice de Lula também facilitaria a chapa entre Haddad e França. O socialista já admitiu, segundo a Folha, que poderia compor com o petista, até mesmo na vice. Essa configuração seria definida de acordo com as pesquisas eleitorais.
Lula elogia Alckmin
Em entrevista coletiva no Parlamento Europeu, Lula afirmou que ainda não está discutindo o vice em sua chapa na disputa ao Planalto em 2022, mas elogiou Alckmin. “Tenho profundo respeito pelo Alckmin. Eu não estou discutindo vice ainda, porque não discuti a minha candidatura. Quando eu decidir ser candidato eu vou sair a campo para procurar alguém para ser vice”, disse o ex-presidente.
Alckmin teria procurado integrantes do PSB para sinalizar que toparia entrar para o partido para ser vice de Lula. No entanto, o ex-governador, que tem João Doria como um de seus desafetos, diz que vai aguardar o resultado das prévias tucanas.