Ilegal: Bolsonaro faz promoção pessoal em TV pública e site do governo

O presidente utilizou logomarcas com seu nome em transmissão da TV pública NBR e imagens de apoiadores vestindo camisetas de sua campanha no site oficial do governo, o que é proibido pela Constituição

Logo 'Governo Bolsonaro' na TV NBR é proibido, considerado uma promoção pessoal em uma televisão estatal (REPRODUÇÃO/TV NBR)
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O presidente Jair Bolsonaro vem utilizando a estrutura de governo para fazer promoção pessoal. Nesta segunda-feira (7), uma transmissão da TV Pública NBR e a retransmissão nas redes sociais oficiais do Planalto continham uma logomarca com a inscrição "Governo Bolsonaro", ao invés de "Governo Federal", como é de praxe. Além disso, o site oficial do Governo Federal utilizou como plano de fundo uma foto de apoiadores do capitão da reserva vestindo camisetas com fotos do presidente eleito e frases como "Meu partido é o Brasil", utilizada pela campanha de Bolsonaro. [caption id="attachment_147278" align="aligncenter" width="469"] Site oficial do governo usa foto de apoiadores de Bolsonaro (Reprodução)[/caption] A prática fere a Constituição e, portanto, é ilegal.  O artigo 37 da Constituição Federal afirma em seu parágrafo único que “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. O parágrafo primeiro do mesmo artigo ainda detalha que “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. O Decreto 6.555, de 2008, assinado pelo ex-presidente Lula, também reforça as diretrizes do canal estatal e a proibição da autopromoção. O inciso sete do artigo 2º estabelece a “vedação do uso de nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. *Com Rede Brasil Atual