Jornalista diz que Bolsonaro defendia direito da mulher abortar

“Agora ele nega a afirmação. Pegaria mal no eleitorado dele. Mas ele disse! E ainda revelou que viveu esta situação: deixou para a companheira decidir ‘e a decisão dela foi manter’. Referia-se ao seu quarto filho”, afirma a jornalista

Foto: Reprodução Facebook
Escrito en POLÍTICA el
A jornalista Claudia Carneiro entrevistou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), em 2000, para a revista Isto É Gente. Na ocasião, de acordo com informação da jornalista em sua conta no Facebook, nesta sexta-feira (5), o candidato afirmou que “um homem não deve intervir na decisão da mulher sobre o aborto”. “Agora ele nega a afirmação. Pegaria mal no eleitorado dele. Mas ele disse! E ainda revelou que viveu esta situação: deixou para a companheira decidir ‘e a decisão dela foi manter’. Referia-se ao seu quarto filho.” Leia o post completo abaixo: Entrevistei Jair Bolsonaro em fevereiro de 2000 quando era subeditora da IstoÉ Gente em Brasília. Na ocasião ele dissera em bom som que o então presidente FHC deveria ser fuzilado. Além de fuzilamento, defendeu abertamente a tortura, a pena de morte etc. O candidato sempre pensou assim. Interessante como ele relatou o fim de seu primeiro casamento: a mulher, vereadora, o desobedeceu e não soube respeitar o poder e a liberdade que ele lhe deu, porque resolveu decidir o voto dela em plenário sem consultá-lo.  Outra curiosidade é sua posição sobre aborto expressa na entrevista, que lhe rendeu um entrevero com a Folha em agosto, acusando-a de fake news. Motivo: em 2000 ele afirmara que um homem não deve intervir na decisão da mulher sobre o aborto. Agora ele nega a afirmação. Pegaria mal no eleitorado dele. Mas ele disse! E ainda revelou que viveu esta situação: deixou para a companheira decidir “e a decisão dela foi manter”. Referia-se ao seu quarto filho.  Para quem se interessar em ler, está aí. E esta entrevista eu posso garantir que não é fake news. (IstoÉ Gente de 14/02/2000, p. 39).