Lado B | Edição Nº 9 - Previdência sofre resistência no Congresso

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Exclusivas 

"Do jeito que está não passa"senador Paulo Paim (PT-RS) reclamou das regras propostas pelo governo para alterar a forma de acesso à aposentadoria. Presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, Paim avalia que o governo inseriu tópicos na reforma "para queimar gordura" pois do jeito que está "ela não passa". Insatisfeitos com diversos itens do texto, senadores articularam o convite a Rogério Marinho, Secretário da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, para prestar esclarecimentos à Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Casa. Cara a cara O deputado federal Alencar Santana (PT-SP) protocolou, na Câmara, um projeto de lei que visa tornar a participação de candidatos à presidência, governos estaduais e prefeituras de grandes cidades obrigatória em pelo menos um debate por turno da eleição. Caso o projeto em questão já existisse e fosse lei no ano passado, Bolsonaro não poderia, como o fez, fugir dos debates enquanto participava de atos públicos de campanha e escolhia emissoras “amigas” para dar entrevista Anistia a policiais Nomeado secretário especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil no governo Bolsonaro, o ex-deputado federal e candidato derrotado ao governo do Espírito Santo, Carlos Humberto Mannato (PSC/ES), que integrou a Escuderie Le Cocq, comemorou a aprovação da urgência na tramitação do projeto que anistia policiais que participaram de movimentos grevistas entre 2011 e 2018. Somente no auge do movimento grevista no estado, em fevereiro de 2017, 215 pessoas foram assassinadas, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo. Nova direita Quem é a nova direita? O colunista da Fórum Rodrigo Perez descreve esse novo grupo político que agora governa o Brasil. "Formada, principalmente, por parlamentares do PSL (incluindo aqui os filhos do presidente da República), a nova direita é o resultado direto da narrativa do colapso que se difundiu no Brasil depois de junho de 2013", diz. "Segundo essa narrativa, a esquerda é a grande responsável pelo apocalipse e deve ser exterminada, varrida do mapa político brasileiro." Mulheres  A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados tentará fazer avançar um pacote de projetos de lei com políticas para mulheres a partir da semana do 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Segundo a deputada Talíria Petrone (RJ), o objetivo é aproveitar a data tradicional na Câmara, em que se prioriza a articulação para aprovar projetos relacionados à mulher. Os Projetos de Lei (PLs) 855, 877 e 878 tratam, respectivamente, de licença parental, divulgação da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, e violência obstétrica. A Poeta do Essencial Em artigo exclusivo para a Fórum, o escritor Manoel Herzog comenta o livro de poemas Quarta Camada de Pele, de Mariana Teixeira que, segundo ele, tem obtido resultados cada vez mais apurados na arte de dizer o tudo com o mínimo.
Fórum em Cuba: Está no ar o segundo vídeo da série de entrevistas realizadas em Havana. Neste episódio, o editor da Fórum, Renato Rovai, entrevista o jornalista cubano Iroel Sánchez. Ele fala sobre a história da ilha, a importância de José Martí, líder da independência cubana, e Fidel Castro. Iroel explica também como está o país pós-Fidel e o processo de discussão da nova Constituição, que será votada no dia 24.  Assista aqui.

Ainda vale a pena....

Nesta seção destacamos matérias que circularam na Fórum durante o dia de ontem, mas que merecem ser lidas. Fim da Previdência Socialprofessor da Unifesp Daniel Vasquez mostra como a reforma da Previdência do governo Bolsonaro prejudicará especialmente os mais pobres e mal inseridos no mercado de trabalho. A partir de duas situações concretas, ele compara a aposentadoria e a pensão de hoje com o que está sendo proposto. "Considerando a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro, as mulheres serão ainda mais prejudicadas. Serão grandes vítimas dessa reforma as pessoas que dependerão de pensão e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que terão que sobreviver com menos que o salário mínimo." Bandeira de Mello O jurista e professor universitário Celso Antônio Bandeira de Mello fez um discurso histórico, durante a cerimônia de formatura do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC). “Vocês acabam de se formar. Eu me formei numa época melhor, apesar de que terrível logo em seguida, porque eu peguei a ditadura do golpe militar de 64. Mas pude viver momentos felizes, como o período de maior progresso da história do Brasil, o período de maior nivelamento da história do Brasil, o governo desse grande homem que está preso, Luiz Início Lula da Silva”, disse. Criminalização da homofobia O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quinta-feira (21), o quarto dia de julgamento da criminalização de condutas discriminatórias contra a comunidade LGBTI. Até agora, o placar aponta 4 a 0 a favor de enquadrar a homofobia e a transfobia como crime de racismo. Até o momento, votaram os ministros Celso de Mello, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Da vizinhança

Nesta seção indicamos leituras de sites que fazem parte desta enorme galáxia da internet, como bem definiu Castells. Nau dos insensatos Artigo de Marcelo Zero, no GGN, aponta como o Brasil está criando atritos sérios com aliados e parceiros importantes. "Até pouco tempo, o Brasil era um país sem inimigos. Mantínhamos boas relações com todos os países, independentemente das ideologias políticas de seus governos circunstanciais, como são todos os governos", alerta. "Os interesses do Brasil no cenário mundial estão sendo seriamente lesados, em virtude de uma opção ideológica provinciana e desinformada. É o que dá quando se entrega o país a 'estadistas' do baixo clero e a gente formada na 'loucademia' de milícias." Posição sobre a Venezuela Neto de Salvador Allende, Pablo Sepúlveda Allende cobra posicionamento de representantes que se dizem de esquerda em relação à Venezuela, entre eles, o presidente espanhol Pedro Sánchez, a senadora chilena Isabel Allende, a ex candidata presidencial chilena Beatriz Sánchez e seus subordinados da Frente Ampla, Giorgio Jackson e Gabriel Boric. "Eles rreproduzem exatamente o mesmo discurso da direita mundial para criminalizar a revolução bolivariana, mas são incapazes de apontar com veemência – como sim costumam fazer contra a Venezuela – ao governo dos Estados Unidos como autor dos piores crimes contra a humanidade nos últimos 70 anos. Somente neste Século XXI, suas intervenções militares no Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria deixaram um saldo de milhões de mortes e outros milhões de refugiados, países devastados e imersos no caos."

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