Liberdade a Lula é "algo técnico", diz Gilmar Mendes

Sem citar o ex-juiz Sergio Moro, Gilmar Mendes disse que "o cemitério está cheio desses falsos heróis" criados pela mídia

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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Em entrevista a Rafael Moraes Moura e Andreza Matais, na edição desta quinta-feira (27) do jornal O Estado de S.Paulo, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a liberdade provisória ao ex-presidente Lula - proposta por ele na última sessão da segunda turma da corte - é "algo técnico". Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo "É algo técnico – temos um réu preso, há mais de 400 dias, que está pedindo um habeas corpus. Na minha perspectiva, entendi que havia plausibilidade jurídica. É algo muito singelo", disse Mendes, ao ser acusado pelo jornal de "dar um golpe ao propor liberdade provisória até a conclusão do julgamento da suspeição do juiz Sérgio Moro". Sem citar Moro, Mendes disse que "o cemitério está cheio desses falsos heróis" criados pela mídia". "Se eu fosse listar todos esses episódios, teríamos vários desses personagens que já não são mais lembrados, como o procurador Luiz Francisco, o delegado Protógenes (Queiroz), que a mídia em algum momento transformou em herói e, quando se revela a sua inconsistência, a mídia lhes dá um enterro silencioso. Se a mídia já tivesse feito um exame, talvez a gente não tivesse de conviver com esses falsos heróis da atualidade. Em geral, não têm vida longa. O cemitério está cheio desses falsos heróis". O ministro também ressaltou que a Justiça não pretende acabar com a Lava Jato, que está "sob ameaça" pelo "serviço mal feito". "O que ameaça qualquer operação policial é o serviço mal feito. Qualquer operação que é mal inspirada ou sem base jurídica acaba sendo uma ameaça. Por isso que se recomenda modéstia, cautela, cuidado.