Lula no Parlamento Europeu: "Bolsonaro é peça da extrema-direita fascista, nazista"

Lula ainda denunciou o fracasso do Consenso de Washington e criticou os EUA pelo embargo de mais de 60 anos a Cuba. "Não é normal que os EUA não aprenda que eles perderam a revolução para os cubanos". Assista

Lula durante entrevista coletiva no Parlamente Europeu (Reprodução)
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Em entrevista coletiva no Parlamento Europeu, o ex-presidente Lula (PT) denunciou que Jair Bolsonaro (Sem partido) é "peça importante da extrema-direita nazista", que foi propagada pelo mundo por meio do discurso nacionalista de Donald Trump após o fracasso do Consenso de Washington.

"Estamos vivendo, e não apenas no Brasil, uma situação extremamente delicada. O discurso feito por Trump se espalhou pelo mundo. Bolsonaro é uma cópia mal feita do Trump e hoje representa uma peça importante para os fascistas, nazistas, da extrema direita mundial. O que você quiser falar da antipolítica você pode falar do governo brasileiro", afirmou Lula, antes de entrevista coletiva onde ressaltou que "não há pergunta proibida".

O ex-presidente lembrou do fracasso do Consenso de Washington, conjunto de medidas neoliberais pregado pelos EUA, vendido como se ali estivesse "o sucesso da humanidade".

"O discurso do estado nacional feito pelo Trump dizendo que os EUA é para os americanos é o que está acontecendo em outras partes do mundo com o fascismo, com a extrema-direita, em vários lugares", disse Lula.

Lula critica embargo dos EUA a Cuba

O ex-presidente brasileiro também foi indagado sobre a ação do governo cubano sobre os protestos que aconteceram na ilha. Lula disse "que é um direito das pessoas protestarem, de dizerem que gosta ou que não gosta" e que todos os políticos adoram aplausos, mas odeiam vaias".

O ex-presidente, no entanto, fez questão de criticar duramente o embargo dos EUA sobre a ilha.

"Cuba tem uma similaridade que não podemos aceitar nunca. Não é justo, não é normal, não é democrático, não é prudente para a questão dos direitos humanos um bloqueio durar 60 anos. Não é normal que os EUA não aprenda que eles perderam a revolução para os cubanos e que eles precisam permitir que os cubanos decidam o próprio destino", afirmou, ressaltando que a questão "é uma eterna guerra fria".

Veja a entrevista

https://www.youtube.com/watch?v=8A28pE9rzB4